Tava pensando hj com meus botões, ao som de To Live is to die, do Metallica.
É muito fácil uma pessoa como eu ficar deprê, não ?
Pelo menos, o legal p mim eh q as deprês comigo são raras. Tipo umas 4, 5 por ano ...
Mas eu acho divertido isso tudo, apesar de algumas coisas serem propensas ao mal estar e aos pensamentos do tipo "Qual meu lugar no mundo ?"
Peguemos o exemplo de hoje.
Antes de começar a To Live is to die, estava tocando Pagan Fears, do Mayhem. Sou a única pessoa q conheço q adora essa música e esse disco, mesmo tendo no meu círculo de amizades amigos q gostam de black metal. Mas ao mesmo tempo, os outros plays q eles gostam eu detesto :) Pior q nem é a arte do ser do contra, como mtas pessoas são por aí, pessoas esperam alguma opnião ou pesquisam sobre o q as pessoas gostam só para ficar do lado errado. No meu caso, é natural.
Após essa reflexão, começou o som do Metallica, do And Justice, q é meu play favorito deles.Junto com a música pude ouvir um grupo de carteiros ao meu redor, metendo o pau em uma pessoa q parecia ser o chefe deles. Fiquei pensando na coisa q eu sempre digo "Para conhecer realmente uma pessoa, dê poder a ela". O tipo ao qual eles falavam me pareceu muito, muito familiar. Sabe aquele tipo de pessoa q num pode ter nada q já começa a se achar ? Mas digo se achar com coisas bem simples, coisas desde ser pé num jogo de truco, calçar 1 número a mais que vc, ser 1 cm mais alto, usar um óculos 10 reais mais caro q o seu ou possuir um carro 6 meses mais novo. Esse tipo de coisa que eu abomino. Lembro de um amigo, numa mesa de breja, quando eu contava minha viagem p pela Patagônia, uma hora disse que comi um bife de umas 500g e ele prontamente disse "ah, qdo eu fui p lá comi um de 600g", ou qdo disse q passei 14 horas no buzão c a mesma paisagem e ele "ah, eu passeu 30, qdo fui pra lá". Como fico puto c essas coisas.
Mas bem, voltando ao assunto de ser do contra.
Eu fui a única pessoa a descer na estação que eu parei e uma multidão se esmagava a entrar. Escada de entrada lotada e saída vazia. Mais uma vez, o do contra. Eu moro onde as pessoas trabalham e hoje fui trabalhar onde as pessoas moram. Fui para o trabalho no sentido contrário e voltei no sentido contrário.
Como todos sabem, sou uma pessoa orientada a pessoas. Poucas vezes deixo transparecer que sou uma pessoa exótica e diferente, por mais que as pessoas sempre percebem :) Tento ser um camaleão, que se adapta ao ambiente, sem perder minha personalidade. Já fui em micareta, já dancei em balada dance, já fui em pagode, formatura chata, casamento. Todas essas coisas que eu jamais faria sozinho. Não são coisas q eu paro e penso 'putz, q vontade de ir numa balada' mas se alguém gente boa me chamar eu vou. Isso é bacana que me faz ser bastante sociável, apesar de ter um típico perfil de nerd anti-social. Ninguém entende das coisas q eu curto.
Muitas pessoas dizem, ah, vc. conhece mta gente da comunidade linux. Sim, conheço, mas são pessoas que apenas completam um lado. Conversamos sobre linux, eh legal, mas para por aí. Não há mais muita coisa a ser compartilhada. Tenho alguns amigos de som, mas aí a coisa tb.a coisa varia. Tem os caras do black metal, que por ser um estilo tão vasto há somente algumas bandas incomum. Acontece o mesmo com os outros estilos que gosto, como Thrash, Death, Stoner, Jazz, Prog.
Porra, curto tudo isso ? Sim, mas é pouca coisa de cada estilo, não sei explicar.
Passando por isso, tem a galera dos filmes ..PQP, os filmes. Ando meio sem saco p filme cabeça há alguns meses. Alias, acho q ando meio preguiçoso para filosofar. Ando vendo filme leve, como uma comédiazinha, uma ação testosterona ou algo assim. Acho que estou no pico negativo do meu ciclo de filmes filosóficos. Hoje em dia, as coisas que me passam na cabeça, aparecem de maneira randômica.Consegui a proeza de ficar viajando vendo RAMBO! uhauhauhauh
Imagina uma dessas pessoas cult, adoradoras de cinema Iraniano e modernismo Búlgaro conversando sobre o Rambo ou outras coisas q ando vendo como a série "The Angry Nintendo Nerd".
As pessoas têm tantos rótulos que me deixam até enjoado.
Tem os nerds que têm obrigação de adorar certas coisas q eu detesto e odiar coisas q eu curto mto. Sou um nerdão, mas sou bastante sociável. Acho q há bastante coisa q podemos aproveitar das pessoas comuns, mesmo q sirva como exemplo para vc ter certeza de coisas abomina, como torrins de short na balada. As músicas q eu curto, me fazem trafegar por áreas que dificilmente vc. vai encontrar pessoas que andam tranquilamente por diferentes grupos, a mesma coisa com os filmes.
E isso que ainda nem falei dos livros. Num sei se minha cabeça funciona de um jeito diferente, mas eu num vejo nada onde as pessoas piram e piro onde não vêem nada. Todos sabem da minha ligação com PKD, autor que rola uma identificação tão grande que até fico me imaginando nas histórias dele, caminhand pelos lugares que ele descreve. Tudo rola uma identidade. Mas várias pessoas já leram seus livros e não vi ninguém c essa identificação que eu sinto. Amigos q já me disseram "Caralho ez, faz sentido isso q vc. diz, mas pq eu não senti isso qdo li ?"
Baseado em tudo isso, às vezes acho que minha vida seria completamente diferente se houvesse uma pessoa igual a mim, pelo menos alguma pessoa que eu conhecesse e fosse capaz de conversar no dia a dia. Acho q ou rolaria uma identidade fantástica ou eu ia achá-la tão chata, tão chata que iria mudar radicalmente. Sei lá. Morar sozinho faz com que nossa personalidade cresça de maneira exponencial. Não há pessoas para interromper uma linha de raciocínio, dar pedradas em alguma besteira que dizemos ou nos mostrar um ponto de vista antes q comecemos a procurá-lo sozinho, fazendo com que uma grande idéia ( idiota ou não, digo grande no sentido de complexidade ) morra antes mesmo de tomar vida, tomar corpo.
Algumas pessoas ficariam deprimidias vivendo num mundo assim, sendo um preto no branco, andando na contramão do resto do mundo. Sim às vezes é deprê, me sinto deprê, fico deprê, mas no final das contas é bem legal. Nada recompensa o prazer de ter uma pessoa verdadeiramente interessada em ouvir suas idéias, discutí-la, melhorá-la, passar um novo ponto de vista. É como a cultura do software livre, só que relacionado a idéias. Pena que da mesma maneira que não são muitas as pessoas capacitadas para pegar um bom software e melhorá-lo, há poucas pessoas capazes sequer de compreender uma idéia a ponto de identificar como boa ou ruim ou um ponto de vista que realmente possa nos fazer pensar. O mundo está cheio de pessoas medíocres. O mundo do lado de cá, as vezes é solitário, mas é muito bom.
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