sábado, 6 de março de 2010

Por onde anda Deus ?

Ontem tive uma experiência meio maluca. Mas só soube que ela existiu hoje pela manhã.

Uma amiga me chamou para um happy hour. Teoricamente, tomaria umas cervejas, se estivesse legal e fosse noite à dentro, ficaria em são paulo. Caso contrário viria para casa e talvez fosse a uma balada em mogi, a qual também fui convidado, por uma outra amiga, que conheci há algumas semanas ( o esquema de sair sozinho p a balada com certeza renderá outros posts :) )
Essa minha amiga, a do happy hour é muito, muito enrolada. Nada que ela marca acontece do jeito q está. Tipo, ela não aparece pq está passando mal. Vai atrasar esquece o celular em casa, aí vc espera até um ponto de ir embora, pois não consegue falar com ela. No instante seguinte ela chega. É sempre assim.
Ontem algo me dizia que seria igual, e realmente foi! hahah

Eu pensei realmente em vir para casa mais cedo descansar e ir para a balada com a outra amiga. Só pensei, pq realmente não conseguia levantar. Preguiça ou sei lá. Algo me dizia para enrolar, fazer hora. Eu achando que fosse por causa do happy hour, que eu deveria ir. Saí, fui ao shopping jantar, fiz mais hora. Caminhei pela paulista toda, pegando o metrô 3 estações depois da de costume.

Durante o trajeto de metrô, decidi pegar uma revista que estava na minha mochila há alguns dias. Super Interessante. O tema era Intuição.
Já comentei aqui antes sobre imersão. Creio que essas coisas, essas conincidências acontecem o tempo todo e a diferença é que quando estamos imersos em um determinado assunto, tendemos a prestar atenção mais nas coisas relacionadas a isso.
Pois bem, vim embora lendo a reportagem e me identifiquei bastante. Tenho uma intuição muito forte, principalmente relacionada a pessoas. E está aí a explicação científica. Há pequenas alterações no rosto, nos músculos, na expressão que entrega. Para nós é imperceptível, mas o cérebro capta. É o que acontece comigo. Eu sempre chego para conversar com alguém na hora certa, sempre percebo quando não é hora, sempre falei coisas delicadas com o chefe na hora certa, e assim vai. Não foi Deus, foi isso. Eu consigo, de certa forma perceber essas micro alterações.

Bem, voltando ao assunto.

Fiz meu caminho normal, chego ao meu destino. Mas da estação à minha casa são cerca de 10min a pé. Estou andando, ouvindo um som quando na esquina de casa vejo um carro de polícia. Faixas isolando parte da calçada.
Peraí, pulei uma parte.

Durante o trajeto, meus pais me ligaram. Meu pai queria saber onde eu estava pois aconteceu um tiroteio aqui na vizinhança, para eu 'ficar esperto'.

Bom. Achei que fosse exagero, mas ao me aproximar de casa, vi a polícia, o isolamento, mas os policiais pareciam tranquilos. "Foi um exagero", pensei comigo.

Cheguei em casa, tudo tranquilo, não dei muita importância ao assunto. Acabei não indo p a balada, pois vi na internet q o local era uma balada sertaneja. Afe.

Fiquei vendo OZ (Caraio, já consigo ver oz sem legenda :) ) e fui dormir.

Hoje de manhã, acordei com a campanhia. Um rosto conhecido. Amiga dos meus pais de anos, foi nossa vizinha.

Ela fala rápido com meus pais e vai embora.

Pergunto o que houve, pois o rosto dela não era dos melhores.

Minha mãe me diz que ontem, no tiroteio, uma bala perdida atingiu uma mulher, ela acabou de morrer. ELA MORA AQUI NA ESQUINA DE CASA!

Conheço-a desde que eu nasci praticamente.

Ela mora nos fundos da igreja. Religiosa. Lembro me que a encontrei poucos dias atrás e me deu um bom dia simpático e sorridente, daqueles verdadeiros.

Caraio, q porra foi isso ?

A coisa piora quando paro para pensar e vejo que minha noite foi atípica. No exato momento em que ela estava adando pela rua, é o horário que costumo passar por ali. Horário que costumo chegar quando vou ao escritório.

Porra, talvez minha amiga furona tenha salvado minha vida. Talvez meu jantar atípico no shopping tenha me salvado. Talvez a caminhada 3 estações adiante.

Se eu contar para o pessoal, com certeza dirão que Deus me salvou.

Eu cada dia menos acredito em Deus. Cada dia mais eu odeio Jesus Cristo, a imagem dele. Odeio igrejas, odeio religião.

Tudo que penso agora é. Eu sou um incrédulo, blasfemo sempre que posso, não respeito. Ela, sempre foi religiosa, frequentadora da igreja desde que eu me entendo por gente. Daquelas que nunca deve ter vestido uma calça jeans na vida. Onde estava Deus para salvá-la ? O Deus que ela tanto foi fiel, que tanto adorou, que tanto clamou e pregou ?

Não sou uma pessoa má. Muito pelo contrário. Sou um cara justo, solidário, autruísta até certo ponto. Só sou realista, cético e anti-religião. Creio que sou uma pessoa boa, e seria uma pessoa boa segundo muitas das religiões, tirando as besteiras santas, pecados, etc.

Porra, como eu 'fui salvo' e a mulher morreu ?

Que porra de Deus é esse ?

Sou um blasfeme da pior espécie.

Se eu for conversar com algum 'pastor' sobre isso, com certeza dirão que foi a vontade de Deus. Ele deixou a mulher morrer para que eu fosse salvo e que me mostrasse o livramento e todo o blablalba.

É sempre assim. Sempre interpretativo a ponto de que não há outro lado. Deus sabe de tudo, pensa em tudo e age com o seu sadismo corriqueiro.

Pq caralhos uma pessoa que o serviu a vida toda morre desse jeito, tão besta, tão idiota, tão inesperado ?

Poderia ter sido eu. Pq não foi ?

Tipo, Deus mata os seus servos e livra os q o odeiam para tentar salvá-los ? é isso mesmo ?
huahahauha


senhoras e senhores, Deus não existe!!!!

Não esse Deus das escrituras, não esse Deus das religiões. O Deus religioso jamais existiu e cada dia que passa está mais do que provado.

Um comentário:

Dona das Horas disse...

Tudo bem que futebol, religião e uma outra coisa que não me lembro não se discute, mas... Muito radical essa visão que tem de Deus!